sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

"O dia vai acabar
Vou oferecer-te o luar
Porque o céu não é de ninguém."


Ricardo Azevedo - Entre o Sol e a lua

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

"Uma vez a minha mãe disse-me que na vida não se deve fazer muitos planos. É verdade. A parte do meu cérebro em que estava armazenado o futuro desintegrou-se. E é terrível não ter a menor ideia do que vai acontecer daqui um ano."

sábado, 14 de fevereiro de 2009

um 'adoro-te princesa'. um 'estás aqui' apontado para o lado do coração. um 'amo-te' sussurrado e imperceptível.. este ja foi o dia ..

melhores virão *

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"Se um dia um anjo fizer
A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser
Faremos o crime perfeito"

in, Quase perfeito
Donna Maria

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Laranjas para deuses

Há uns anos dois amigos meus que pareciam ter pouco a ver um com o outro,
casaram-se. Quando perguntei à irmã dela a razão de tão repentina e inesperada união, respondeu-me: é simples, ele tem 40 pares de sapatos. Ela também. Não achas que é uma boa razão? Demorei quase dez anos a achar que sim.
A alquimia que mantém um casal unido sempre foi e há de ser um dos mais belos mistérios da natureza. Genética, educação, princípios morais e uma série de factores alietórios como a sorte e a cor dos olhos podem ajudar, mas há sempre qualquer coisa para lá do racional, do dizível, do explicável. Uma espécie de magia que mantém a frescura e a vivacidade; uma forma de arte para transformar a rotina num peso leve. E claro, muita sabedoria para saber como lidar com os piores momentos com a displicência equivalente ao empenho que se põe nos melhores. E além disso, muito amor, porque viver com alguém não é algo que se suporte ou se aguente, não há meio termo; ou é bom, ou é óptimo ou então é um inferno, mesmo que o inferno seja uma paz podre sem ondas, estagnada e a ganhar verdete de cinco em cinco minutos.
A teoria da cara-metade desde sempre perseguiu a humanidade. Os árabes imaginaram Alá a cortar laranjas e espalhá-las pela terra ao acaso, esperando que o destino a pusesse a rolar na direcção uma da outra. Mas esta teoria é redutora, porque uma laranja pode encaixar com várias metades, pelo menos metaforicamente, já que nunca fiz a experiência com os citados citrinos. Na década de 90 que foi prolixa em divagações místicas apareceram livros sobre a alma gémea, uma espécie de guia emocional para os mais carentes, uma mistura de paliativo com ansiolítico de efeito estonteante e entorpecedor para orientar os sós e abandonados. Vivemos numa sociedade onde há remédio e soluções à la carte para tudo, amor incluído.
Ainda voltado ao par de sapatos, o que faz com que um homem e uma mulher fiquem juntos para sempre?
Com ou sem a ajuda de Deus ou de Alá há muitos que ainda o conseguem. E falo dos que estão juntos porque querem, os que estão juntos por circunstâncias extrínsecas à essência da questão não entram neste campeonato. Como o Pedro e a Luísa que são os dois músicos e vivem numa casa onde o piano e o violoncelo dormem na mesma sala mas nunca entram em competição nem dentro nem fora de casa. Como O Miguel e a Lúcia que sempre respeitaram os amigos um do outro. Como o Paulo e a Verónica que aceitaram viver dois anos separados para que ela pudesse dar um salto qualitativo na carreira. Confiança, conforto e cumplicidade parecem ser palavras-chave. Todos falaram em tolerância, paciência, calma e segurança. Quase todos falaram de paixão, todos mencionaram harmonia, estímulo, entendimento e esforço. Alguém acrescentou: não é uma coisa que se procure, simplesmente encontra-se. O trabalho está em não se deixar perder. Laranjas? Isso é para os deuses.

in Cronica Semanal de Margarida Rebelo Pinto

domingo, 8 de fevereiro de 2009

"All I know is, I sort of miss everybody I told about. Don't ever tell anybody anything. If you do, you start missing everybody."

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009



"A cidade envia-nos sinais"
não é giro quando se diz uma palavra tantas vezes seguidas que ela deixa de ter significado e passa a ser só um som? traítetraítetraíte