segunda-feira, 16 de março de 2009

Não tem importância, diz-se que o amor dura sete anos. Vamos, sê honesta e responde-me. Serias capaz, durante sete anos, de te entregares a um indivíduo sem qualquer reserva, de dar tudo, sem moderação, sem apreensão nem dúvida, sabendo que essa pessoa que amas mais do que tudo no mundo esquecerá quase tudo o que viveram juntos? Aceitarias que as tuas atenções e gestos de amor se apagassem da sua memória e que a natureza, que tem horror ao vazio, preencha um dia essa amnésia com censuras e lamentos? Sabendo que isso é inevitável, terias ainda assim força para te levantares a meio da noite quando o amor da tua vida tem sede ou simplesmente um pesadelo? Terias todas as manhãs vontade de lhe preparar o pequeno-almoço, de lhe ocupar os dias, de o divertir, de lhe ler histórias quando se sente aborrecido, de lhe cantar canções, de sair de casa porque precisa de apanhar ar, mesmo que o frio se torne glacial; e depois, ao chegar a noite, ignorarias o seu cansaço, irias sentar-te ao pé da sua cama para lhe acalmares os seus medos, falar-lhe de um futuro que viverá forcosamente longe de ti? Se a tua resposta a casa uma destas perguntas é sim, então perdoa-me por te ter julgado mal, então, sim, sabes realmente o que é o amar.



As Coisas Que Nunca Dissemos de Marc Levy

1 comentário:

Conchita disse...

E apesar de sabermos que até só dura 7 anos fariamos tudo isto e muito mais, entregarmo-nos-iamos, como sempre nos entregamos, de corpo e alma, e dariamos tudo o que pudesses para que esses 7 anos fossem felizes, mesmo que depois esquecidos!

Ainda bem que sabemos o que é o amar!

Gosto d ti*